Anseios sucumbidos. A
antiga história entre a diferença do querer e poder.
parte da minha mente ligada ao senso crítico da sociedade,
que delimita as regras de “convivência”, se lixando pra o que queremos, é, acho
que é mais ou menos por aí (Também não quero ser contra regras e deveres sociais,
acho que normas são necessárias para uma vida equilibrada).
Devemos saber o que é certo, o que é errado, mas devemos
saber com nossos olhos, com nossos julgamentos e com nossa perspectiva de vida.
Deixar que interfiram nos seus atos é o mesmo que andar em círculos, é o mesmo
que viver como um hamister na gaiola. Somos humanos, temos desejos, anseios,
gostos e preferências, e o que eu acho um verdadeiro desperdício é como as
pessoas escondem isso, as vezes eu também escondo, não vou ser hipócrita, só
que será que reprimir tudo, sempre e a toda hora porque “deve-se” esconder, é
justo? Já tive vontade de trair, já tive vontade de mentir, fugir, comer
chocolate ou beber tequila até explodir, agarrar algum cara num lugar publico
sem ao menos conhecer, sim, tive que rir, mas é verdade. Pode parecer
dramático, mas até onde sei cada um só tem uma vida, não fui no andar de cima e
voltei pra saber que um dia vou ter uma segunda chance não, e é aí que
questiono sobre ser justo o fato de esconder o que se deseja ou o que se quer.
No final tudo se trata de não se reprimir. Não estou dizendo
pra atacar o cara que passou na tua frente no meio da rua, ou te incentivar a
entrar em coma alcoólico, se fizer isso não jogue a culpa em mim assim como
faço com meu SuperEgo. Mas que tenhamos coragem de vez em quando, pra
enfrentarmos nosso SuperEgo tão intrometido, que consigamos assumir todos
nossos desejos, porque eles existem e negar é o primeiro passo na declaração de
culpado.
Boa sorte.
Por
Leticia Lampert.